A educadora Daniela começou a trabalhar numa creche, numa substituição urgente de uma educadora. Ficou desconfortável com o que encontrou: pouco material, chão “frio”, paredes vazias. Como nunca tinha trabalhado em creche, reuniu material, recuperou os documentos da licenciatura e mestrado sobre creche, pediu sugestões, tentou conhecer cada criança, falou com auxiliares e pais. Ao… Continuar a ler
Crianças enquanto coinvestigadoras? 2 exemplos e 5 ideias principais
Conhece ou já esteve envolvido/a em iniciativas em que as crianças participaram, enquanto coinvestigadoras? De acordo com a Convenção sobre os Direitos das Crianças [1], estas têm o direito a expressar as suas ideias e a vê-las consideradas, nos diversos contextos em que estão inseridas, incluindo na investigação. No entanto, são ainda pouco frequentes as… Continuar a ler
Desenvolvimento profissional em contextos de educação de infância: a importância das práticas reflexivas
A Sara, educadora de infância numa sala de creche, começa o seu dia a partilhar com a Rita, auxiliar de ação educativa, como tem sido difícil controlar as mordidas entre crianças na sala. A Susana esteve reunida com os pais de uma das crianças do seu grupo, esta manhã, para partilhar algumas estratégias de promoção… Continuar a ler
O legado do brincar arriscado
“Quem nunca trepou portas? Saltou uma fogueira? Explorou uma casa abandonada ou em construção? Brincou à luta? Terá o risco sido necessário? Provavelmente diria que sim e que o repetiria com a mesma ou com maior intensidade. Nesta mensagem, falamos do brincar arriscado como elemento fundamental na promoção da saúde, do desenvolvimento e da… Continuar a ler
Do sono que não descansa à irrequietude: 7 formas de promover a qualidade do sono da criança na idade pré-escolar
Um sono reparador é fundamental para o equilíbrio psicológico e para o comportamento da criança. Quando dormem menos que o suficiente (i.e., menos que 10 horas na idade pré-escolar [1]), as crianças podem sentir-se mais abatidas ou, pelo contrário, mais agitadas e irritáveis, o que se repercute no seu funcionamento diurno. Com efeito, um vasto… Continuar a ler
Transferência do modelo do/a educador/a e a sociedade das crianças
Parecem bandos de pardais à soltaOs putos, os putosSão como índios, capitães da maltaOs putos, os putosMas quando a tarde caiVai-se a revoltaSentam-se ao colo do paiÉ a ternura que volta Os putos de carlos do carmo Bandura [1,2] postulou e verificou empiricamente que as crianças aprendem com os modelos sociais do adulto. Adultos que… Continuar a ler
As regras são para os bebés.
Quem é a figura de referência para uma criança? Geralmente – mãe, pai, avós, irmãos mais velhos, o/a educador/a favorita. Mas será que só as figuras de referência são importantes? Investigações recentes sugerem que mesmo numa idade precoce como aos três anos, é mais provável que as crianças concordem com o que os outros fazem… Continuar a ler
‘Sou um menino, tenho o cabelo grande e gosto de jogar futebol’ – Autoconceito e autoestima em crianças
Autoconceito e autoestima são termos muitas vezes empregues de modo indiferenciado. Contudo, são conceitos distintos, embora possam estar relacionados [1, 2, 3, 4, 5]. O autoconceito direciona-se para uma componente mais cognitiva e descritiva, ligada à perceção de competência em domínios específicos, e que se vai formando através das experiências e vivências no meio e… Continuar a ler
O Digital e a Educação de Infância: Que competências dos profissionais? Que benefícios para as crianças?
Assistimos, atualmente, à proliferação da utilização da tecnologia no dia a dia das crianças, nos diversos contextos em que estão inseridas. A linguagem digital faz parte das suas vidas, desde muito cedo, através da Internet, mas também dos videojogos, dos telemóveis, ou dos tablets, aos quais recorrem para brincar, aprender e comunicar. É, também, cada… Continuar a ler
O efeito Pigmalião: O poder das expectativas dos/as educadores/as
Em 1968, dois professores americanos (Robert Rosenthal e Leonore Jacobson) fizeram uma experiência com as crianças que frequentavam a sua escola [1]. No início do ano letivo, todas as crianças fizeram um teste de QI. Cerca de 20% das crianças tiveram notas bastante altas e mostraram um alto potencial de desenvolvimento. Eles comunicaram os resultados… Continuar a ler
Os Modelos Pirâmide na Construção de Contextos Inclusivos em Educação de Infância
As últimas duas décadas têm sido marcadas pelo desafio de construir ambientes de aprendizagem cada vez mais inclusivos, capazes de responder adequadamente às necessidades e características de todas as crianças, no respeito pelos princípios éticos de justiça social e de igualdade de direitos. Os sistemas Pirâmide constituem um exemplo da forma como esta construção pode… Continuar a ler
Por que é importante ter boas memórias dos contextos de educação de infância?
Qual é a sua memória mais antiga? Uma das primeiras memórias que tenho é de estar ao colo da minha educadora da creche, numa cadeira de baloiço porque me doía muito a boca (acho que me estavam a nascer os dentes, não sei se foram os primeiros …). Carole Peterson, professora e investigadora na Faculdade… Continuar a ler
Em educação de infância, precisamos de estudos sobre…
Recentemente, desafiamos os nossos leitores a responder à pergunta “Que investigação faz falta em educação de infância?” Hoje partilhamos as respostas que obtivemos e que traduzem necessidades, interrogações e prioridades dos/as profissionais que trabalham em creche e em jardim de infância. Que tópicos de investigação foram identificados? Que reflexões nos suscitam estas partilhas? É interessante… Continuar a ler
O que são as funções executivas?
A entrada para o primeiro ciclo do ensino básico representa uma das mais importantes etapas na vida de qualquer criança. Ajudá-la a estar preparada para esta transição é alvo de intenso investimento por parte de educadores, professores, psicólogos e famílias. O desenvolvimento das funções executivas nos primeiros anos auxilia a criança na transição para o… Continuar a ler
O stresse tóxico perturba o desenvolvimento saudável
Aprender a lidar com a adversidade é importante para um desenvolvimento saudável [1]. O stresse tóxico, provocado pela exposição a experiências adversas na infância, envolve a ativação forte e não aliviada do sistema de produção de stresse do corpo. Na ausência de suporte adulto protetor, o stresse tóxico tem efeitos prejudiciais a curto e a… Continuar a ler
Participação: Um desígnio comum
Investir no desenvolvimento profissional é uma mais-valia para a melhoria contínua das práticas de promoção da participação das crianças. Nesta mensagem, discutimos pressupostos importantes para a participação das crianças e resultados promissores de recursos que pretendem apoiar a reflexão e mudanças positivas no âmbito da participação. Promoção da participação: Que pressupostos? Participação enquanto direito… Continuar a ler
Já estamos de férias? – A compreensão do tempo pelas crianças
Quando serão as férias? Quando irei visitar os avós? Quanto tempo temos de esperar? Conversar com as crianças sobre os intervalos entre os diferentes eventos não é uma tarefa fácil. Parece que as categorias de tempo e de orientação estão para além das capacidades das crianças mais novas. Mas os resultados da investigação nesta área… Continuar a ler
Que investigação faz falta em educação de infância?
Há já muito tempo que o PrimeirosAnos não interpela diretamente os/as seus/suas leitores/as. Esta semana partilhamos uma pergunta: Que investigação faz falta em educação de infância? Muitos estudos em educação de infância advêm das interrogações dos/as investigadores/as, incluindo perguntas de investigação suscitadas pelos resultados de estudos prévios. Outros estudos procuram responder a necessidades de informação… Continuar a ler
Brincadeiras físicas e de lutas amigáveis: devemos inibir ou encorajar?
As brincadeiras físicas ou de luta (a fingir) são denominadas na literatura científica como ‘rough and tumble play’ e são definidas como brincadeiras mais brutas e/ou vigorosas que incluem agarrar, perseguir, empurrar, ‘luta livre’ que parecem comportamentos agressivos, mas que ocorrem em contexto lúdico [1]. Este tipo de brincadeiras pode ser confundido com demonstrações de… Continuar a ler
Crianças deslocadas: “Fugi da Guerra mas ainda não me sinto a salvo”
Existem cerca de 86 milhões de deslocados no mundo. A Ucrânia, a Síria e a Venezuela são os países com maior número de deslocados. Destes, 40% são crianças com menos de 12 anos. Portugal recebeu, recentemente, um elevado número de crianças e famílias deslocadas da guerra da Ucrânia e Síria, e refugiadas do Afeganistão e… Continuar a ler
Qual a melhor estratégia para lidar com os conflitos que ocorrem numa sala de jardim de infância?
Pense numa sala de jardim de infância. E se colocássemos câmaras na cabeça de algumas crianças, de modo a registar como os conflitos se desenrolam? Foi o que fez um grupo de investigadoras da universidade de Ohio State (1) visando analisar quais as intervenções dos/as educadores/as que eram mais eficazes para a resolução de conflitos… Continuar a ler
Intervenção precoce todos os dias: O papel da consultoria colaborativa
Os profissionais de intervenção precoce são recursos essenciais para apoiar a inclusão de crianças com necessidades de suporte adicional. Contudo, não conseguem estar com as crianças muito tempo, nem todos os dias. Então, de que forma podemos assegurar que a intervenção precoce acontece, em casa, na creche ou jardim de infância, quando estes profissionais não… Continuar a ler
Apoiar as crianças a relaxar.
Baseado no Blog Holandês dos Primeiros Anos escrito por Tamara Wally. Nós exigimos demais das crianças mais novas, às vezes sem termos essa noção. Na sala, elas ouvem sons e barulho o dia todo. Dizemos para serem atenciosas com as outras crianças e brincarem juntas. Ensinamo-las a seguirem regras, como sentarem-se na cadeira durante as… Continuar a ler
Promover a participação das crianças? Sim, mas como?
Participação como um direito: 3 aspetos importantes O que é o direito à participação? Segundo a Convenção sobre os Direitos das Crianças [1], todas as crianças, independentemente da idade ou maturidade, têm o direito de expressar livremente as suas ideias e perspetivas, vendo-as respeitadas e consideradas, e participando assim nos assuntos e decisões que lhes… Continuar a ler